Por mais excelência que uma empresa tenha na condução de sua rotina organizacional, o ambiente atual de negócios exige respostas assertivas e rápidas para enfrentar os impactos da competição global e das inovações socioeconômicas, culturais e tecnológicas, que têm o potencial de afetar sua existência.
No que concerne à realidade brasileira, os graves problemas estruturais, jurídicos e fiscais impõem elevados custos às empresas, contribuindo de forma substancial para o cenário de turbulência empresarial. Além disso, encontram dificuldades na manutenção de vantagens competitivas sustentáveis, o que resulta em elevadas taxas de declínio organizacional.
Pesquisas mostram que, no Brasil, a taxa de empresas em recuperação cresce a cada ano, como revelam dados do Serasa Experian, segundo os quais, entre 2008 e 2021, houve 13.866 pedidos de recuperação judicial no Brasil, o que perfaz a média de 990 por ano, sendo que nos últimos cinco anos, entre 2017 e 2021, a média anual subiu para 1.257. Ainda, houve 6.506 falências requeridas, e o número de empresas inadimplentes saltou de 4.7 milhões, em janeiro de 2017, para 6.3 milhões, em setembro de 2022.
É possível perceber, ainda, que há uma relação diretamente proporcional entre a variação do PIB (Produto Interno Bruto), que mensura a atividade econômica do país, e as crises empresariais. No gráfico abaixo é possível perceber que quando há uma variação negativa no PIB ocorre o aumento do número de recuperações judiciais requeridas.
As organizações apresentam enormes dificuldades em perceber as mudanças ambientais que interferem na sua rotina, tornando-se incapazes de identificar os sintomas do declínio antes de a crise financeira instalar-se. Na maioria dos casos, o reconhecimento e a aceitação da crise ocorrem tardiamente, quando o nível de desempenho é tão baixo que a sobrevivência da empresa é ameaçada, caso não sejam aplicadas medidas corretivas.
Como muitas crises, a pandemia revelou vulnerabilidades ocultas nas organizações e fragilidades em suas capacidades de resposta. Os executivos tiveram que responder rapidamente a uma variedade de desafios emergentes nas operações, incluindo descontinuidades da força de trabalho e problemas na cadeia de suprimentos envolvendo escassez crítica e barreiras logísticas.
Os aprendizados dos últimos tempos demonstram que o nível de preparo das organizações influencia diretamente na sua capacidade de resposta e sobrevivência. As organizações resilientes desenvolvem modelos de negócios que podem se adaptar a mudanças significativas na demanda do cliente, no cenário competitivo, nas mudanças tecnológicas e no terreno regulatório.
Em um cenário de instabilidade econômica mundial, é fundamental que as organizações estejam preparadas para os possíveis cenários de crise, para que ajam com rigor já nos primeiros sintomas de declínio, evitando a necessidade de processos mais críticos e complexos para recuperação do negócio.
A Resultadus tem apoiado diversas organizações a se preparar e gerenciar momentos complexos que podem afetar a continuidade dos seus negócios. Nossa metodologia vem sendo utilizada com sucesso em diversos segmentos, com soluções desenhadas a partir das especificidades e objetivos de cada negócio, garantindo uma recuperação mais rápida e efetiva.
Quer uma empresa esteja em crise, quer ela esteja simplesmente enfrentando um desafio operacional, a nossa equipe é experiente em ajudar empresas a desenvolver e implementar estratégias financeiras e operacionais, a fim de promover uma rápida melhoria nos seus resultados e consolidar sua capacidade de perenização.
Ismael Santos – Especialista em Reestruturação de Empresas e Sócio da Resultadus Reestruturação e Performance.
Fontes: Serasa Experian e Banco Central