A admiração pelas grandes organizações e seus milhares de casos de sucesso nos levam a pensar que tudo sempre foi fácil do lado de lá. Por mais extraordinárias que sejam, as grandes organizações não tem registros perfeitos e imaculados. A maioria delas – senão todas – já tiveram pelo menos um problema sério em sua história, senão vários.
Crises empresariais e cenários de adversidades não são privilégios apenas dos pequenos e médios negócios. Grandes empresas já passaram por momentos de dificuldades e quem sabe, não fosse assim, não seriam as organizações que são hoje.
A Walt Disney enfrentou uma crise série de fluxo de caixa em 1939, que a forçou a realizar uma abertura de capital. Depois no início da década de 1980, a empresa quase deixou de existir como entidade independente, com expectadores de olho no preço depreciado das suas ações.
A Boeing teve sérias dificuldades no meio da década de 1930, no fim da década de 1940 e novamente no início da década de 1970, quando demitiu mais de 60 mil funcionários.
A 3M, famosa pelos seus post its e tantas outras soluções, começou como um fracasso e quase fechou no início do século.
A HP enfrentou sérios retrocessos em 1945. Em 1990, viu o preço das suas ações cair para menos do que o valor contábil.
A Sony teve diversos produtos fracassados nos cinco primeiros anos de vida, e na década de 1970 o seu formato Beta perdeu para o VHS na batalha pelo domínio do mercado de videocassetes.
A Ford registrou um dos maiores prejuízos anuais da história de negócios dos EUA (US$ 3,3 bilhões em três anos) no início da década de 1980, antes de dar uma impressionante virada e fazer uma reestruturação bem sucedida.
A IBM quase foi a falência em 1914, em 1921 e teve problemas outra vez no início da década de 1990.
Poderíamos citar tantas outras – nem tão famosas – que enfrentaram contratempos e erraram em alguma fase das suas histórias. No entanto, o que essas empresas tem em comum é a capacidade de recuperação, conseguindo dar a volta por cima das adversidades, obtendo um extraordinário desempenho de longo prazo.
São muitos os caminhos que conduzem uma empresa para a crise. As consequências naturais são a perda de participação de mercado, a queda nas receitas e a incapacidade de geração de caixa para pagar todas suas despesas operacionais, fazer os investimentos necessários e remunerar o capital de risco de quem apostou no empreendimento. O declínio sinaliza a destruição sistemática de valor da empresa.
Crises empresariais são grandes oportunidades de mudança. Grandes organizações e muitos dos produtos que se transformaram no material que compõe a sociedade, nasceram de pequenos negócios ou de crises históricas em grandes organizações. A capacidade de iniciar a mudança de rumo enquanto há tempo é fundamental para qualquer negócio. No processo de recuperação de empresas não importa o porte, mas o potencial do negócio.
Entretanto, nem todos os casos tiveram finais felizes. O fator crítico do sucesso das empresas que obtêm êxito no processo de recuperação é a rápida identificação do declínio. Toda empresa passa por dificuldades, a grande diferença está em na velocidade com que identificam e iniciam o processo de mudança. Se preparar para o pior embora pareça visão de um empreendedor pessimista, tem na verdade a visão de um gestor inteligente.
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Ismael Santos – Consultor de Reestruturação de Empresas na Resultadus Reestruturação e Performance
Fonte de dados: Feitas para Durar